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Tecnologias de armazenamento de energia são destaque na Intersolar 2025

Tecnologias de armazenamento de energia são destaque na Intersolar 2025

A Intersolar South America 2025 trouxe à tona os principais avanços em soluções de armazenamento de energia, que têm ganhado espaço central no setor fotovoltaico. O evento, realizado no Expo Center Norte, em São Paulo, serviu como uma vitrine para inovações que prometem impulsionar o mercado na América Latina.

Diversas marcas apresentaram produtos de destaque: a linha BluePulse Series de baterias escaláveis, da Kstar, ganhou atenção por sua facilidade de instalação e adaptação ao mercado regional. A Canadian Solar exibiu sua plataforma “Kubank”, incluindo baterias industriais, novos inversores híbridos e módulos TOPCon de alta performance.

Microinversores, sistemas híbridos residenciais e comerciais e equipamentos com conectividade plug-and-play foram destaque de empresas como SolarEdge, Enphase, FoxESS, GoodWe, Growatt e Intelbras. A Fotus ainda apresentou um dispositivo de desligamento rápido em conformidade com normas de segurança avançadas.

A SolaX Power chamou atenção com seus novos gabinete de armazenamento hibrido (ESS-Aelio, ESS-Trene e Balcony X-MS 2000), com capacidades que variam de 200 kWh até soluções plug-and-play para uso residencial, todas com design prático e sistemas de gestão inteligente (EMS).

Amplas soluções de armazenagem em nuvem e resfriamento líquido foram exibidas por players como Livoltek, enquanto a Ampace, company com expertise em baterias semissólidas, fez sua estreia na América Latina, prometendo tecnologia de alta densidade, segurança e baixa pegada de carbono – questões críticas para resiliência energética.

O impacto dessas tecnologias é múltiplo: além de garantir abastecimento contínuo em momentos de instabilidade, elas também reforçam a transição para sistemas híbridos, inteligentes e mais confiáveis, promovendo maior estabilidade da rede elétrica.

A importância do armazenamento foi ressaltada em debates paralelos, que defenderam sua adoção em larga escala como estratégia para mitigar perdas por cortes de geração (curtailment) e assegurar a segurança jurídica e rentabilidade dos projetos solares.

A feira também reafirmou que o futuro da energia no Brasil e na América Latina passa necessariamente pelo armazenamento: ele viabiliza o uso efetivo das fontes renováveis, descentraliza a geração, torna o sistema mais flexível e prepara o setor para novos desafios como mobilidade elétrica, IoT e eficiência energética.

A presença desses produtos e discussões na Intersolar reforça que o armazenamento energético não é mais tecnologia de nicho, mas elemento essencial para a consolidação de uma matriz elétrica moderna, sustentável e segura.

SULGIPE é reconhecida como uma das melhores distribuidoras do Brasil no Prêmio Abradee 2025

SULGIPE é reconhecida como uma das melhores distribuidoras do Brasil no Prêmio Abradee 2025

Em cerimônia realizada em Brasília durante a 27ª edição do Prêmio Abradee, as distribuidoras Neoenergia Cosern e Sulgipe foram consagradas como as melhores do Brasil em suas respectivas categorias. O evento, promovido pela Abradee em celebração a seus 50 anos, reuniu representantes de alto nível do setor elétrico nacional.

A Neoenergia Cosern recebeu o título de Melhor Distribuidora Nacional entre concessionárias com mais de 500 mil clientes, destacando-se em eficiência e satisfação do consumidor. Já a Sulgipe foi premiada como a melhor distribuidora na categoria de menor porte (até 500 mil clientes).

Além desses troféus principais, outras distinções foram concedidas com base em métricas variadas, como saúde e segurança, inovação, avaliação do cliente e performance operacional. São exemplos: Neoenergia Elektro foi elogiada pela qualidade da gestão e inovação; Sulgipe destacou-se na avaliação pelo consumidor; DME Distribuição também recebeu menções em gestão operacional e satisfação.

O reconhecimento não se restringe a elogios simbólicos — ele reflete um compromisso contínuo de melhoria e adaptação frente aos desafios da modernização e transição energética. Entre os convidados estavam figuras-chave como o Secretário de Transição Energética do Ministério de Minas e Energia, representantes da ANEEL, da CCEE, da EPE e de entidades acadêmicas.

Segundo o presidente da Abradee, Marcos Madureira, o prêmio valoriza uma rede de mais de 200 mil profissionais que garantem a energia nas comunidades diariamente. Ele destacou que o evento também oferece um espaço inspirador para o compartilhamento de boas práticas, fortalecendo a cultura de constante evolução no setor.

A premiação demonstra que a busca pela excelência técnica, responsabilidade socioambiental e foco no cliente continua sendo a base para um serviço de energia confiável e eficiente.

ANEEL anuncia o lançamento de sistema para monitorar interrupções de energia

ANEEL anuncia o lançamento de sistema para monitorar interrupções de energia

A ANEEL apresentou recentemente uma inovação que promete transformar o acompanhamento do fornecimento de energia elétrica no país. Trata-se do sistema chamado RADAR, que permite visualizar em tempo real as interrupções de energia em qualquer região do Brasil.

O RADAR foi apresentado no encontro com representantes das maiores distribuidoras, no dia 8 de agosto de 2025, e é acessível pelo site e aplicativo da agência. Isso coloca a transparência como um valor central na regulação do setor elétrico.

Qualquer cidadão poderá ver, com rapidez e clareza, quantos consumidores estão sem energia em sua região, em tempo real. A visualização é dinâmica e intuitiva.

O sistema também se destaca por sua conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo que a coleta e exibição das informações respeitem a privacidade dos usuários.

O lançamento do RADAR é parte de um esforço maior da ANEEL por modernizar o setor, digitalizar processos e fortalecer os direitos e a informação dos consumidores.

Além disso, a ferramenta chega em um momento importante, em que eventos climáticos extremos têm aumentado os casos de interrupção no fornecimento. Assim, o sistema ganha ainda mais relevância estratégica.

Ao oferecer dados atualizados e de fácil acesso, o RADAR promove um ambiente mais transparente, possibilitando à população acompanhar e cobrar com base em informações confiáveis.

A iniciativa também representa um avanço para a regulação e gestão do setor elétrico, pois incentiva hábitos orientados à eficiência operacional e à prevenção de falhas.

Em prazos operacionais, as distribuidoras terão até janeiro de 2026 para adaptar seus sistemas e integrar suas operações ao RADAR, viabilizando a cobertura nacional do monitoramento.

O sistema RADAR é, portanto, um marco regulatório de inovação, resiliência e cidadania no setor elétrico brasileiro.

O crescimento da energia sustentável nas casas brasileiras

O crescimento da energia sustentável nas casas brasileiras

O Brasil avança com firmeza na direção da sustentabilidade residencial: o índice de renovabilidade do setor domiciliar atingiu impressionantes 71,8% em 2024.

Esse número é resultado de um maior uso de fontes limpas, como solar térmica e outras renováveis, em substituição aos combustíveis fósseis.

A energia solar térmica se destaca: representa quase 80% do consumo residencial dessa fonte. No setor comercial, essa modalidade está em segundo lugar, com 17,4% do consumo renovável. Na indústria, a penetração também avança, com 3,1% do consumo vindo da energia solar térmica.


Esses dados mostram uma clara mudança de rota rumo à matriz energética mais limpa e sustentável. O aumento do uso doméstico de energia verde reforça o compromisso do país com a descarbonização e a eficiência energética. A piora das condições ambientais aumenta a urgência por soluções eficientes, seguras e sustentáveis em todos os níveis de consumo.


No cenário atual, as residências lideram essa transformação, impulsionadas tanto por políticas públicas quanto pelo engajamento individual. A expansão desse movimento também reflete o avanço da conscientização sobre impactos ambientais e benefícios econômicos de fontes renováveis. O uso residencial de energia solar térmica reduz despesas com aquecimento e eletricidade.


O setor público e privado devem seguir investindo em tecnologias e incentivos para acelerar essa mudança no ambiente doméstico. Reformas regulatórias e linhas de financiamento facilitadas são fundamentais para consolidar essa trajetória. Os consumidores, por sua vez, ganham autonomia e previsibilidade sobre os gastos com energia. A economia residencial, em longo prazo, reforça a viabilidade econômica dessas soluções. A convergência entre sustentabilidade e economia doméstica é uma oportunidade real de impacto coletivo. Equipamentos e instalações corretas, com engenharia qualificada, garantem segurança e eficiência. O fortalecimento da economia local também é um efeito direto da adoção crescente dessas tecnologias.


Para as famílias, além da economia, surge uma nova relação com a energia — mais consciente e independente. O setor residencial se torna protagonista na construção de um futuro energético mais equilibrado. Essa mudança também contribui para a resiliência da rede elétrica nacional. A sociedade precisa reconhecer o papel ativo das residências nessa transição verde.


Fomentar a capacitação técnica e a legislação favorável será decisivo para manter essa curva de crescimento. A transição doméstica de energia não é mais uma tendência: já é realidade e precisa continuar evoluindo. O Brasil caminha para consolidar um modelo de consumo energético mais limpo, justo e inteligente — começando dentro de casa.

Armazenamento por baterias no Brasil: crescimento explosivo e desafios até 2027

Armazenamento por baterias no Brasil: crescimento explosivo e desafios até 2027

Uma revolução silenciosa está em curso no setor energético brasileiro: os sistemas de armazenamento por baterias (BESS) devem registrar um crescimento superior a 1.700% até 2027. A capacidade instalada no Brasil, que atualmente gira em torno de 685 MWh, pode alcançar 12.536 MWh em apenas dois anos.

 

Esse salto é impulsionado por uma matriz energética cada vez mais dominada por fontes renováveis — hidrelétrica, solar e eólica — que demandam soluções de armazenamento para garantir estabilidade e flexibilidade na rede.

 

A Engemon Energy, empresa referência no setor, já implementou mais de 50 MWh em sistemas BESS e projeta ultrapassar 130 MWh até o fim de 2025, atendendo demandas críticas como hospitais, frigoríficos e centros logísticos. A adoção desses sistemas traz benefícios como redução do uso de geradores a diesel, menor emissão de CO₂ e otimização dos recursos hídricos.

 

Por outro lado, o Brasil enfrenta barreiras como custos financeiros elevados — com investidores pagando até 79% do valor total em impostos — e a ausência de um marco regulatório claro para o setor. O setor insiste na urgência de um leilão de reserva de capacidade para baterias, esperado para 2025, mas possivelmente adiado para 2026 devido a imbróglios legais em leilões de térmicas.

 

A indústria argumenta que sistemas BESS oferecem custo total até três vezes menor que térmicas nas operações de reserva de potência, especialmente nos horários críticos de “rampa de carga” do final do dia. A expectativa é que esse leilão permita contratar cerca de 8 GWh ou 2 GW até 2029, fomentando investimentos e consolidando uma cadeia de produção local .

Além da regulação, o Brasil precisa superar limitações técnicas, como infraestrutura de rede inadequada e pouca capacidade técnica para atender à crescente demanda por projetos complexos de energia.

Apesar dos desafios, o panorama é promissor: com a queda nos custos das baterias, incentivos regulatórios e avanços tecnológicos, o Brasil tem potencial para se tornar protagonista no uso do armazenamento energético como ferramenta estratégica na transição energética sustentável

Cuidados essenciais para os profissionais do setor de energia solar

Cuidados essenciais para os profissionais do setor de energia solar

Com o crescimento expressivo da energia solar no Brasil, os profissionais que atuam na instalação, manutenção e operação de sistemas fotovoltaicos estão cada vez mais expostos a riscos específicos do setor elétrico. Diante disso, é fundamental que todos os trabalhadores estejam preparados tecnicamente e atentos às normas de segurança que regem a atividade.

Entre os riscos mais comuns estão os choques elétricos, quedas em altura, arcos elétricos e incêndios causados por sobrecarga ou falhas de instalação. Para evitar acidentes, é essencial adotar práticas seguras desde o planejamento até a execução, utilizando equipamentos de proteção individual (EPIs) e coletiva (EPCs), ferramentas apropriadas e, principalmente, atuando com base em projetos elaborados por engenheiros habilitados.

A NR-10, que trata da segurança em instalações e serviços em eletricidade, deve ser conhecida e aplicada por todos os envolvidos, especialmente após sua atualização que fortalece o alinhamento com o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Já a NBR 16690 estabelece os requisitos técnicos de proteção para instalações fotovoltaicas, e deve ser seguida rigorosamente.

Outro cuidado indispensável está na capacitação contínua dos trabalhadores. Cursos que realmente capacitam — com conteúdo técnico e, preferencialmente, parte prática — fazem toda a diferença na prevenção de acidentes. A reciclagem periódica também deve ser realizada com foco na realidade das atividades executadas, considerando os riscos específicos de cada sistema solar instalado.

Trabalhar com energia solar exige mais do que vontade: exige responsabilidade técnica, conhecimento normativo e comprometimento com a segurança. Ao adotar uma cultura de prevenção, os trabalhadores protegem suas vidas e garantem a credibilidade e a qualidade do setor.