Brasil Rumo à Liderança Verde: Setor Elétrico Apresenta Propostas para Fortalecer o Protagonismo Nacional na COP30
Brasil Rumo à Liderança Verde: Setor Elétrico Apresenta Propostas para Fortalecer o Protagonismo Nacional na COP30
A coalizão formada por grandes players do setor elétrico brasileiro apresentou um documento estratégico ao presidente designado da COP30, reafirmando o papel central do país na agenda climática global. Juntas, as mais de 70 entidades que compõem o grupo propõem que o Brasil mantenha 90% de sua matriz elétrica renovável e apontam para a potencial redução de até 176 milhões de toneladas de CO₂ com a expansão planejada e eficiente da rede elétrica nacional.
Coordenada pelo CEBDS, com apoio técnico da PSR Soluções e Consultoria em Energia, a iniciativa reúne associações como ABRADEE, ABRA T E e ABEEólica sob o guarda-chuva “Coalizão do Setor Elétrico”. O documento foi entregue ao embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, reforçando propostas concretas para que o país avance na descarbonização e trabalho integrado rumo a uma economia de baixo carbono.
Entre os eixos de ação estão: garantir uma matriz elétrica que seja renovável, competitiva e confiável; reduzir as desigualdades por meio do fortalecimento de energias limpas; e posicionar o Brasil como um polo global de produtos e serviços de baixo carbono. A estratégia também inclui reformas regulatórias, aprimoramento da infraestrutura e estímulo à inovação tecnológica no setor elétrico.
A iniciativa representa um passo importante para que o Brasil não apenas alcance metas climáticas, mas converta a sua matriz limpa — majoritariamente hidro, solar, eólica e biomassa — em vantagem competitiva internacional. Essa visão, defendida no documento, destaca que o setor elétrico pode ser o mote da transição energética nacional, impulsionando investimentos e gerando prosperidade com responsabilidade ambiental.
O relatório enfatiza que a transformação requer medidas de curto e médio prazo: da expansão da geração renovável à eletrificação dos transportes e da indústria, passando pela modernização das redes e sistemas de armazenamento. Essas ações conjuntas podem acelerar a redução de emissões e posicionar o Brasil entre os protagonistas mundiais da ação climática.
Além da técnica, o documento tem forte viés sociopolítico: destaca a necessidade de regulação com justiça social, tarifas equilibradas e inclusão energética. O setor elétrico, segundo as entidades, deve assumir um papel ativo para que a transição beneficiem amplamente a sociedade e não agrave desigualdades existentes.
Esse movimento chega em um momento-chave: com a COP30 se aproximando, o documento da coalizão amplia o protagonismo brasileiro e estabelece um roteiro claro de ação, comunicação e execução. O setor elétrico aparece como um ator indispensável, capaz de unir economia, tecnologia e meio ambiente na trajetória rumo a um futuro sustentável.
Essa iniciativa mostra que o futuro da energia no Brasil não se limita à geração, mas envolve toda a cadeia de valor — da produção à distribuição, do consumo ao impacto climático — e reafirma o papel dos engenheiros, técnicos e especialistas que estarão à frente dessa transformação.
